Há alguns anos que o conceito de nuvem ("cloud") vem sendo bastante discutido entre os especialistas de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). No segmento de geotecnologias o assunto também tem sido abordado, mas ainda existe uma visão bastante limitada sobre como o conceito pode se concretizar de forma prática numa instituição ou corporação. Eu tenho estudado o assunto desde que o conceito começou o se popularizar nos eventos e vou explanar neste post questões práticas envolvendo as tecnologias geoespaciais numa arquitetura para nuvem.
Quando abordamos o assunto de nuvem, os dois nomes que normalmente surgem no topo da lista são o Google e a AWS (Amazon Web Services). Vou focar nestes dois serviços, pois considero que realmente são os principais para o desenvolvimento de aplicações envolvendo tecnologias geoespaciais para nuvem, apesar de existirem algumas outras boas opções.
Nuvem Google para Aplicações com Tecnologias Geoespaciais

- Dados Vetoriais: ESRI Shapefiles, CSV, KML/KMZ e TAB.
- Dados Matriciais: JPEG, JPEG2000, GeoTIFF, TIFF, MrSID e PNG.
Outra plataforma com recursos destinados aos usuários de tecnologias geoespaciais é o Fusion Tables (Google). Este recurso possui a capacidade de armazenamento de informações georreferenciadas com grande facilidade no manuseio e escalabilidade, porém com limitações em termos de tipos de dados geográficos e análises topológicas. Esta última limitação praticamente impossibilita o uso desta plataforma em aplicações mais "pesadas" envolvendo banco de dados espacial.
Para acessar o mapa da figura acima, você deve clicar no link a seguir:
Nuvem da AWS para Aplicações com Tecnologias Geoespaciais
Um dos lançamentos mais esperados pelos profissionais do mercado de geotecnologias que trabalham com o SGBD PostgreSQL, foi o lançamento do RDS (Relational Database Service) do PostgreSQL com o suporte ao PostGIS. Nas telas a seguir, veremos como é simples a configuração de uma instância de PostgreSQL no AWS RDS.
Depois de criada a instância e o primeiro banco de dados, basta se conectar ao banco e configurar o módulo do PostGIS. A grande vantagem deste serviço é que não há limites para implementação de uma solução corporativa de GIS que exija análises topológicas mais complexas. Além disso, a simplificação do trabalho de manutenção do SGBD pode economizar muitas horas de trabalho do DBA.
Considerações Finais

Se você é um profissional que trabalha com tecnologias geoespaciais, é bom avaliar a possibilidade de se aprofundar neste novo universo.
Apresentação no MundoGEO#Connect
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